AROMATERAPIA

HISTÓRIA DA AROMATERAPIA


Sempre falamos que a aromaterapia vem dos tempos das pirâmides, mas com certeza veio bem antes, onde nossos ancestrais utilizavam os galhos, folhas para assar as carnes de caça e com isso descobriram que utilizando determinadas plantas, elas proporcionavam um sabor diferente as carnes e penetravam com maior facilidade após a carne e gordura serem aquecidas. Aliás, o perfume vem da palavra per fumu ou seja: pela fumaça.

Com o passar do tempo, o Ser Humano observando a natureza, o comportamento dos animais consumindo determinados vegetais quando doentes e utilizando sua intuição, descobriram as propriedades curativas das plantas.
Em torno de 1873, o egiptólogo alemão Georg Ebers encontrou um papiro, após decifrar a introdução, foi surpreendido pela frase: “Aqui começa o livro relativo à preparação dos remédios para todas as partes do corpo humano.” Mais tarde foi comprovado que este era o Primeiro Tratado Médico Egípcio.

No Egito, as servas prensavam as flores e ervas para fabricar óleos medicinais e perfumes. Também eram produzidos pomadas com ervas e gordura. Ao embalsamarem os corpos dos faraós, também se usavam gomas aromáticas, pimentas e madeira dentro das cavidades dos corpos. E nas tumbas pode-se encontrar jarros contendo pomadas com olíbano e mirra, utilizadas junto com cedro e outras pimentas no embalsamamento. Mais tarde descobriu-se que as ervas com suas propriedades poderiam também ser usadas medicinalmente, em cosméticas e perfumaria, atingindo assim, todas as camadas da sociedade.



Hipócrates, considerado o Pai da Medicina na Grécia antiga, aconselhava a queima de ervas para seus pacientes, além de utilizá-las para erradicar a praga em Atenas. Gregos e romanos também utilizavam ervas em rituais e cerimônias, além de fortalecer seus soldados com banhos aromáticos e massagens, trazendo o culto ao corpo e com isso, maior importância aos aromas, mas com a queda do império romano, o uso das ervas caiu na Europa.

Na Arábia, Aviccena iniciou a destilação de rosas, por volta de 1.000 d.c., fazendo do país grade produtor e exportador de perfumes e foi através das cruzadas que a aromaterapia foi reintroduzida na Europa, por volta do século XXII. Nesta época os aromas foram muito utilizados contra a peste, uma vez que observou-se menor incidência de morte entre os perfumistas. Esses perfumes também eram usados para disfarçar o cheiro do corpo, sendo que por volta do século XVII as propriedades afrodisíacas já eram conhecidas. Gradativamente, com a escassez das gomas aromáticas vindas do Oriente, os europeus passaram a experimentar suas próprias ervas nativas, como alecrim, lavanda e sálvia.

Com as descobertas curativas das plantas, mesmo antes do Antigo Egito, foi o frego Galeano que ligou seu nome a “Farmácia Galênica”, onde as plantas não são mais usadas na forma de pó e sim em preparações, nas quais continham solventes como álcool, água ou vinagre como conservante natural das propriedades e moléculas ativas das plantas, no entanto utilizadas como unguentos, emplastros e outras formas galênicas.

A partir do século XV, começaram a catalogar o grande número de vegetais, identificando e classificando de acordo com sua procedência e características pelo princípio ativo.

Foi no século XVI que o médico suíço Paracelso, relacionou as propriedades morfológicas das plantas, como forma e cor e deu o nomenclaturou como: “teoria dos sinais” ou “teoria da similitude”, por considerar que a doença pode ser curada com aquilo que com ela tivesse semelhança. Finalmente, os esforços de classificação culminam, em 1735, com a publicação do Systema Naturae, de Lineu.


Hoje com as plantas têm um lugar importante no ramo Farmacêutico e Cosmético. No ramo de cosmetologia, a grande incentivadora das pesquisas foi Cleópatra, que com sua vaidade, registrou o primeiro formulário “
Cleopatre Gynoecirium Libri”, editado durante seu reinado.

Encontraremos diversos estudos dizendo que foi com a queima de incensos a primeira utilização da aromaterapia e a água aromatizada, um terceiro tipo de produto aromático, que na verdade era o resultado da combinação de óleos essenciais, água e álcool. Esta era usada para melhorar a aparência e perfumar a pele e os cabelos, além de ser ingerida como tônico medicinal, que também foi a percursora de nosso atual perfume.


Dentro de uma história mais recente, podemos citar o inglês Nicholas Culpeper, que escreveu bastante sobre a aromaterapia e seus benefícios. Nos últimos dois séculos os cientistas ampliaram muito os conhecimentos sobre as propriedades químicas dos óleos essenciais e das plantas no geral. Também relacionou as propriedades de mutias ervas.

Em 1920, o trabalho do químico René Maurice Gattefossé, pesquisando o potencial terapêutico dos óleos essenciais, descobriu por acidente que o óleo essencial de lavanda curava rapidamente uma queimadura em sua mão e que muitos outros óleos essenciais eram melhores antisépticos que seus correspondentes sintéticos e foi dele o nome “Aromathérapie”.

Dr. Jean Valnet, cirurgião do exército francês, utilizou óleos essenciais para cuidar de feridas dos soldados em batalha e mais tarde conseguiu excelentes resultados com pacientes de um Hospital Psiquiátrico e foi em 1964 que Valnet publicou seu livro Aromathérapie, considerado a bíblia da Aromaterapia.

Marguerite Maury, uma terapeuta da beleza, em 1950 introduziu clínicas de aromaterapia na Grã Bretanha, ensinou esteticistas como usar os óleos essenciais em massagens, oferecendo um tratamento de rejuvenescimento personalizado aos clientes. Nos últimos anos a aromaterapia evoluiu além da beleza, é conhecida como uma parte importante dos tratamentos de saúde complementar.

Hoje, em Universidades e Hospitais de odo o mundo, temos resultados satisfatórios além do conhecimento muito profundo a respeito dos óleos essenciais. 

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