Ah, Liberdade, doce liberdade quando nos encontramos desatrelados a todas as nossas crenças de impossibilidades. É sério, já fui muito ansiosa, nervosa, pré-ocupada, quase entrei na da Síndrome de Pânico, toque, pensamentos compulsivos e por ai vai.
O que me salvou? A vontade de ver um lado diferente de uma história que estava sendo construída no escuro!
Quando se escreve a própria história, qual o melhor local e horário para colocá-la no papel e com isso dar início a sua concretização?
O melhor momento é quando seu coração diz: "É agora!"
O melhor local é aquele que você mais se sente bem! Seja numa praça, no seu próprio quarto, mas tem que ser um lugar onde a alegria esteja presente no seu coração.
Essa alegria pode vir de fora pra dentro, ao observamos algo interessantemente engraçado. Literalmente puxar essas emoções de dentro de nós pra que ela venha!
Uma afirmação - SOU NORMAL COMO QUALQUER UM NO MUNDO!
MAS PRA MIM, ME SINTO ESPECIAL, ÚNICA e EXCLUSIVA!!!
Acredito que algumas pessoas possam ter seus pensamentos nebulosos, enfermidades que causam dor, seja ela física, emocional ou mental. Essas dores podem sim ser minimizadas, mas existe a real necessidade de um policiamento constante em nós mesmos para romper esses padrões mentais e emocionais que nos prendem a dor.
UM CASO: EU MESMA
Morei 3 anos fora do Brasil, nesse tempo trabalhei, conheci muitas pessoas, mas não importava o lugar, a pergunta era sempre a mesma: "O QUE ESTOU FAZENDO AQUI?"
Parece familiar? Sim é familiar para muitos, até que entendemos que precisamos ir ao fundo dessa questão. Seja com um terapeuta convencional ou mesmo alternativo, mas existe a real necessidade de entrar no fundo da questão. Cavar tão fundo que não sobre mais nada lá.
Fui solteira, voltei casada e com um filho. Encontrei a felicidade? NÃO. Verdade, essa é a resposta, não estava feliz porque ninguém e nada desse mundo poderiam me fazer feliz. Essa responsabilidade é toda minha e custei um pouco a aceitar, mas alguns anos depois... a gente consegue perceber que é uma realidade aqui, presente, não está no passado e nem no futuro. Está no AQUI E AGORA!
Nem chego no Brasil, meu pai me dá as chaves do carro e diz: "Você pode levar sua mãe para onde ela quiser, deixo o carro com você."
Sabe qual foi a sensação que tive nesse momento? Vou descrever com todas as palavras, aquele que se identificar, siga algumas dicas de mudança de comportamento e pensamentos que fiz.
Tremor pelo corpo, o peito querendo explodir, uma tontura que chegou de repente, as mãos e os pés gelaram e comecei a suar e muito! As costas começaram a doer. A coluna parecia tremer por dentro.
Peguei as chaves, mas antes argumentei que depois de tanto tempo fora do país, eu tinha "receio" do trânsito que se tornou mais intenso. Meu foco estava no medo, minha desculpa era apenas pretexto para me afundar mais ainda nesse sintoma de medo, ansiedade e angústia.
Mas sem falar nada, peguei o carro e fui para alguns lugares próximos de casa. A Marginal Tietê me dava pavor, eu suava tanto que a camiseta ficava molhada até a cintura. Costas, peito, suor escorrendo pelo pescoço... já sentiu isso? Eu já.
Dirigia muda toda vez que pegava o carro, a cabeça doía, o corpo tremendo, era um martírio. Se eu queria desistir de dirigir? Lógico que sim! Que sensação medonha passar por tudo aquilo! Nem respirar conseguia!
Sem contar a auto-estima que estava num poço sem água! Ansiedade tremenda, com um filho pequeno, o casamento acabando e a vida passando...
Mas o que me salvou foi o próprio medo. Eu o reconheci, levantei a cabeça e por medo de ser infeliz num casamento acabado, com medo de não acreditar que pudesse dar uma boa educação ao meu filho, por medo de achar que não me recolocaria no mercado de trabalho, com medo de sair de casa com o carro e também a pé, com todos esses medos, me levantei e dei um basta!
Podemos sim usar nossos medos para dar impulso a nossa vida.
Podemos sim usar nossa raiva e direcioná-la para novas oportunidades, encerrar ciclos.
Podemos transmutar nossa tristeza e insegurança em docilidade "em vez de sermos vítimas, sejamos os sobreviventes". Adoro essa frase de Rex Thomas.
Terminei o casamento, fui atrás de emprego, peguei o carro e sozinha ia para as entrevistas. Acabei me envolvendo em filmes publicitários, como freelancer, que foi ótimo pois o horário era flexível. Podia fazer várias coisas durante a semana e trabalhar. Conhecendo novas pessoas, um ambiente novo de trabalho, bem diferente dos escritórios a qual estava acostumada. Tudo novo, tudo lindo, tudo fluindo! Viajando e a coisa que sempre gostei, com carta branca!
Continuei feliz? Não.
Sentia que algo faltava e quando me chamavam para festas, eu me perguntava: "O que estou fazendo aqui?"
Me sentia uma anti-social, mas ao mesmo tempo, queria respeitar minha vontade de estar só.
Voltei a me relacionar, mas permiti que esse relacionamento se tornasse um tédio. Você já se anulou alguma vez na vida? Pois é...
Então, dentro desse vazio, dessa "forma estranha" de sobreviver, comecei a me questionar mais sobre o que era certo e errado PRA MIM! E não mais para a sociedade e para os outros.
Outros eventos começaram a acontecer em minha vida. Doença em família... pois é... Perdi o chão quando meu pai faleceu, mas ai veio outra libertação.
Depois de 6 anos de um namoro que deveria ter acabado nos primeiros 2 anos, eu simplesmente rompi. Me libertei desse laço emocional que não servia mais para mim, mas antes preparei tudo, o mesmo fiz com o trabalho. Detesto deixar as pessoas na mão então, 1 ano antes de romper com todos esses laços que para mim não servia mais, deixei tudo pronto. Logo depois do falecimento do meu pai, dei um basta novamente. Namorado, emprego, tudo...
Mudei minha vida. Fui para um emprego fixo, e pasme, ai sim não tive mais vida! Era trabalho, trabalho e trabalho. Mas com algo bom, uma parte que considero importante é o relacionamento pessoal e este, por um lado estava melhorando. UM RELACIONAMENTO DE MIM PARA MIM MESMA! Entenda, antes de começar a me relacionar bem com as pessoas, queria estar de bem comigo mesma!
E assim foi minha caminhada... Sai desse emprego e comecei novamente a minha vida como autônoma, agora em um ramo muito diferente do que era.
Sou Terapeuta Holística, conhecimento que iniciou uns 20 anos antes de realmente assumir o que fazia sentido para mim.
Sagitariana, com ascendente em Capricórnio, Lua em Touro. Aos astrólogos de plantão, não tentem me analisar por isso, tem outros aspectos que considero muito mais interessante em meu mapa.
O medo de ser capaz e fazer o certo me fez enfrentar de cabeça, corpo e alma, estudando, pesquisando, aplicando e aprendendo a cada dia.
Dos cursos que fiz, Linguagem do Corpo, Transpersonal Counseling, Aromaterapia, Reiki, Reflexologia, esses dois últimos há 20 anos, eu era novinha, podia ter começado naquela época, mas a vida nos coloca em situações que devemos passar sim! Para conscientizar do que é necessário mudar, tirar, acrescentar e somar a nossa vida, que é única!
Esses primeiros 2 cursos foram maravilhosos, ainda farei outros e com certeza, terei muito o que aprender. Não sou a sábia, mas a eterna aprendiz da vida. E espero continuar a aprender com as pessoas e com todo o Universo.
Hoje, percebo que muito dos meus medos me impulsionaram para o que faço e como eu vejo a vida.
Hoje, me sinto mais EU, por respeito a mim mesma.
Hoje, enfrentando o medo com o medo, eu sai do fundo do poço para estar aqui com você.
Não me considero melhor e nem pior, mas acredito que se a cada dia eu puder ser uma pessoa melhor para mim, sei que serei uma pessoa melhor para todos.
Hoje sei o que é amor. Amar a mim mesma antes de mais nada, pois só assim terei amor pra dar.
Enfrentar as situações com calma, pois sem ela, não serei capaz de raciocinar e ter as melhores ações e soluções.
Respirando e observando. Usando as técnicas já conhecidas. Meditando a todo instante e me mantendo no momento presente sem pensar no que virá. Permitindo que o Universo me leve a concretização do que minha alma planeja e deseja.
Hoje, quero mais que as pessoas possam ser responsáveis por elas mesmas. Sou apenas uma ferramenta ensinado o que aprendi com a vida e com as técnicas que estudei.
Hoje sou LIBERDADE, AMOR, CONFIANÇA, CORAGEM, ALEGRIA e MAIS ALEGRIA.
Hoje, nada e ninguém me colocam medo e nem me deixam ansiosa, pois meu centro está em mim mesma e só em mim posso contar com o equilíbrio que busco sempre estar.
Hoje posso falar claramente de meus sentimentos sem achar que alguém poderá debochar, rir ou criticar e deixo meus argumentos de defesa em paz, pelo menos observo minhas atitudes para não entrar em defesa constante e justificativas pra "ser aceita". Porque simplesmente, aceito você como é. Parece fácil? Não foi... foi um aprendizado, um exercício diário, foi condicionamento mental, físico e emocional, foi percebendo e corrigindo dia após dia, hora após hora. Foi pesquisando... lendo, observando as ações das pessoas a minha volta sem críticas e julgamentos. Só assim consegui condicionar-me a ser uma pessoa um pouco melhor do que era.
Quando se quer, se consegue e agradeço a Deus por isso. Sem ele, com certeza não teria chegado até aqui. E olha que briguei muito com ele quando meu pai fez a passagem. Quis até trocar de lugar quando estava chegando a hora, mas também sei que tenho algo para realizar nesta vida, caso contrário ele teria me levado e deixado meu pai ficar.
Hoje com a certeza de que muitas coisas boas ainda virão, pois plantando uma boa semente, não interessa o terreno, ela crescerá! Essa semente vem de dentro, onde fazemos tudo com amor e fé e regando todos os dias (manutenção do equilíbrio).
Amor porque tudo é proveniente do amor. Fé, pois foi e é acreditando no melhor de mim mesma para poder dar o melhor para todos que me rodeiam.
Como disse John Lennon: "Amo e quero ficar ao lado da pessoa amada, mesmo sabendo que posso viver sem ela." É assim que amo hoje. Mesmo sabendo que posso viver muito bem sozinha, optei por estar com essa pessoa. Isso me basta. Para nós não existem regras no relacionamento, manuais de conduta, jogos emocionais, mas existe respeito. Existe a compreensão e só dar aquilo que temos em nós, sem exigir. Como poderei cobrar ou ser cobrada de algo que nenhum dos dois tem?
Confesso que tivemos momentos turbulentos, poderia ter saído disso antes mesmo de começar, mas algo em mim dizia: "OBSERVE, SEM JULGAMENTOS"
Por que as pessoas não se sentem merecedoras do carinho e da verdade de outra pessoa?
Quem seria eu se começasse a julgar ou condenar alguém que estava conhecendo?
Quem seria eu achando que não mereço ser feliz?
Por que as pessoas querem aprisionar em vez de libertar?
Simplesmente não seria eu, pois como o medo me impulsionou, esse mesmo medo se transformou em coragem, em percepção, em harmonia comigo mesma.
Antes de querer receber o amor dele, primeiro dei o que tinha em mim. Pois já me amava antes de conhecê-lo e já me sentia bem comigo mesma.
Não tenho expectativas, mas vivo cada instante como se fosse o meu último. Cada suspiro como se fosse o último e com isso me mantenho mais presente no que faço, penso e sinto.
Estou com ele porque quero, por simples opção e sei que ele está comigo pelo mesmo motivo.
Permiti dar amor, permito receber amor de quem quiser me dar. Mas o estar junto, depende de ambos e isso sim deve ser levado em consideração.
Perguntaram a John Lennon:
- Por que você não pode ficar sozinho, sem a Yoko?E ele respondeu:- Eu posso, mas não quero. Não existe razão no mundo porque eu devesse ficar sem ela. Não existe nada mais importante do que o nosso relacionamento, nada. E nós curtimos estar juntos o tempo todo. Nós dois poderíamos sobreviver separados, mas pra quê? Eu não vou sacrificar o amor, o verdadeiro amor, por nenhuma piranha, nenhum amigo e nenhum negócio, porque no fim você acaba ficando sozinho à noite. Nenhum de nós quer isto, e não adianta encher a cama de transa, isso não funciona. Eu não quero ser um libertino. É como eu digo na música, eu já passei por tudo isso, e nada funciona melhor do que ter alguém que você ame te abraçando.
Foi trabalhando cada aspecto meu dentro do auto-conhecimento, seja por mapa astral, vivências, cursos, conversas com terapeutas, psicólogos, pessoas comuns é que fui notando vários aspectos em mim. Aquela pergunta que não calava em minha mente anos atrás: "O que essa pessoa acha de mim?" Hoje não existe mais. Sei quem sou, sei o que quero, sei pra onde vou.
Quem quiser me acompanhar, será bem vindo.
Não se trata de uma luta esse exercício diário e manutenção. Trata-se de um condicionamento, uma aceitação, observação, reconhecimento de si mesmo, vindo pela consciência de que algo está errado, aceitando isso e começar a esboçar a solução, SEM CULPA!
Foi o meu medo de chegar ao fundo do poço que me impulsionou para cima.
Forai o medo de não realizar algo que coloquei muita coisa em prática.
Foi o medo de ser uma anti-social que me fez ver de forma diferente os relacionamentos e me trabalhar para saber lidar com eles.
Foi o medo de não alcançar a luz que sai da escuridão de meus defeitos e minha sombra.
Foi o medo de não ser entendida que melhorei e muito a forma com que me comunico com as pessoas.
O medo de ser intolerante que me fez ter mais paciência comigo e assim poder observar melhor os outros sem críticas e julgamentos.
Esse medo de ser julgada também mudou minha forma de olhar as situações e pessoas.
Mudei simplesmente o sentido dos meus medos... posso conviver com ele tranquilamente, mas dando um novo foco a cada vez que ele aponta.
Todos temos medos, mas é apenas uma palavra que pode ser incorporada a uma frase bem diferente.
Esses mesmos medos, fizeram com que eu encerrasse vários ciclos abertos do passado, pois tinha medo que eles continuassem a existir.
Use o seu melhor! Mesmo que ache que toda a sociedade pense que é o pior! Você tem muito de bom! Eu descobri que tem muita coisa boa em mim!
O que faria hoje se fosse o último dia de minha vida?
Só quero ser o melhor para mim, pois só assim serei o melhor para quem estiver por perto.
Egoísmo? Não. É respeito próprio, amor próprio, maturidade emocional...
Usar meus sentimentos e pensamentos mais sombrios para me levantar foi aceitar que minha sombra existe e fortalecer o que achava que tinha de ruim dando um sentido novo... transformando, transmutando, recriando, co-criando... ou qualquer palavra que queira utilizar nesse momento. Mas tudo sempre começa pelo primeiro passo.
Eu dei esse primeiro passo. E você?
LUZ, AMOR e GRATIDÃO
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